Cap. 284 Emma caminha pela igreja conferindo como estão os enfermos e orientando quem se ofereceu para ajudar nos cuidados. Ela passa pelos leitos improvisados verificando se está tudo limpo (dentro dos padrões da época e das possibilidades), se tem água suficiente nos jarros e dedica cada pessoa um momento de genuína atenção. — A senhora parece saber bem o que está fazendo. – comenta o prefeito McQueen observando a mulher de seu leito enquanto tenta se levantar. Emma se aproxima dele: — Eu ajudei a atender os feridos durante a guerra. Conheço o funcionamento de um hospital. McQueen: — Minha Nossa! Comparado ao que viu por lá, isso aqui deve parecer até tranquilo. Emma, falando suavemente: — Não tem como ficar tranquila com pessoas sofrendo em volta. Seja uma ou cem. Toda dor merece atenção. McQueen volta se deitar: — Me desculpe, a senhora tem toda a razão. Perdoe minha insensibilidade. Emma, ainda suave: — Está tudo bem. O senhor é homem e todo homem tem medo de ser sensível. McQueen aceita a bronca, mesmo não concordando, e retoma sua tentativa de se levantar. Emma, agora bem menos suave: — O que pensa que está fazendo? McQueen se assusta com a mudança de tom: — Me levantando. Emma: — Não senhor! Seus ferimentos podem abrir se ficar fazendo esses esforços. McQueen: — Mas eu preciso… Emma: — Precisa ficar quieto para se curar. McQueen: — Sim, mas eu realmente preciso. Emma: — O que quer que o senhor necessite, me diga e farei para o senhor. McQueen: — Por favor, a senhora não está entendendo. Emma, agora irritada: — Senhor, sou uma enfermeira, casada com um médico, e lhe garanto que qualquer coisa que o senhor precise eu posso fazer para o senhor. McQueen desiste, fecha os olhos e deixa as palavras saírem: — Preciso urinar. Emma, assimilando o baque: — Oh! Certo. Vou, então, pegar para o senhor. McQueen arregala os olhos ao mesmo tempo que Emma após as palavras serem ouvidas. — Um penico. – complementa a viúva, saindo à procura do utensílio. McQueen, ainda de olhos arregalados diz para si mesmo “agora, acho que é tarde demais”. |
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